segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Mateus e seu Livro

O Livro de Mateus é o primeiro Livro do Novo Testamento Bíblico. Ele foi escrito por Mateus, um dos Doze Apóstolos de Jesus. Mateus era judeu e trabalhava como publicano para o Império Romano.
A princípio, ele escreveu este Livro especialmente para os judeus, a fim de provar, como uma testemunha ocular, que Jesus era realmente o Cristo, o Messias, o Salvador do mundo, aquele que foi predito nas Escrituras do Antigo Testamento. Por isso que em suas narrativas ele cita muitas referências do AT, a fim de mostrar que as profecias estavam sendo cumpridas em Jesus, o Cristo.
No capítulo primeiro vemos a genealogia de Jesus, algo muito importante que Mateus quis ressaltar, mostrando que Jesus era da descendência do Rei Davi, e que as promessas feitas a Abraão e a Davi estavam sendo cupridas nEle.
Este Livro foi tão importante, que foi bastante usado pela Igreja Primitiva, principalmente no II Século, para os novos convertidos, a fim de intruí-los.
Mateus também mostra que Israel, quase em sua totlidade, rejeitou a Jesus como Messias, pelo fato de Ele não ser um Messias político, e sim, Espiritual.
Vemos em Mateus um grande evangelista, uma pessoa totalmente dedicada e interessada no Reino dos Céus. A sua transformação deixa bem claro o poder de Deus em mudar a vida das pessoas, seja lá como elas vivam. Um publicano ganhava bem, tinha seu salário certo, além daquilo que conseguia desonestamente.
Mas o que adianta ter tanta riqueza e fama, se dentro de si existe um vazio enorme? E foi nesse contexto que quando ele estava assentado na alfândega, alguém olhou para ele, não com um olhar de desprezo - pois os judeus odiavam os publicanos - mas com um olhar de amor e de misericórdia, e com uma voz suave e meiga, lhe disse: "Segue-me". Ele não pensou duas vezes, não pensou no seu salário e nem no ganho fácil, ele só queria uma chance de mudar. E sabe qual foi a atitude dele? "Levantou-se e segui-O".

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Que São Oráculos?

O termo oráculo é muito abrangente e pode significar: Resposta da divindade a quem a consultava; Divindade consultada; Lugar onde se dava o oráculo; Palavra de Deus; Palavras de grande autoridade; Pessoa ou entidade cujas palavras são muito respeitadas.
No livro de Josué 7.6-9, Josué faz uma oração a Deus querendo uma resposta a cerca da derrota de Israel do povo de Ai, e a partir do versículo 10, Deus responde a Josué lhe dizendo o por que de Israel ter perdido a batalha.
Olhando bem para este contexto vemos que a divindade consultada e a resposta vieram do Deus de Israel. Então Deus é o oráculo neste contexto.
Já no livro de 1 Reis 8.6, diz: “Assim trouxeram os sacerdotes a arca da aliança do SENHOR ao seu lugar, ao oráculo da casa, ao lugar santíssimo, até debaixo das asas dos querubins”.
Neste contexto vemos que o oráculo é o Santo dos Santos, uma sala do Templo de Salomão onde ficava guardada a Arca da Aliança. Era aqui que se realizava anualmente uma cerimônia de sacrifício expiatório de um cordeiro sem mácula (Ex 12.5) pelos pecados do povo (Lev 4.35) e era este o único momento em que o Sacerdote podia falar diretamente com Deus. Esta sala ficava separada do templo por uma cortina de linho. E como o lugar era santíssimo, outros não poderiam entrar, somente ele.
A Palavra de Deus também é um oráculo, pois tudo o que nela está escrito se cumpriu, se cumpre e se cumprirá. Tudo o que nela está escrito é de Deus, e Deus fala através dela. Um dos exemplos que podemos citar são: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. (2 Pedro 1.21). O termo profecia aqui se refere não somente aquilo que foi falado oralmente, mas também tudo aquilo que foi registrado na Palavra de Deus através dos manuscritos.
A Palavra de Deus também é uma palavra de grande autoridade, pois o que Ele fala não são palavras jogadas ao vento, mas são palavras que se cumprem em sua totalidade, por isso que ela também é um oráculo. Um dos vários exemplos da Bíblia é: “Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei". (Isaías 55 : 11). Somente uma pessoa de grande poder e autoridade pode falar desta maneira, a ponto de provar que o que ela fala é verdadeiro e se cumpre de verdade.
Sabemos que oráculo pode ser também uma pessoa ou entidade cujas palavras são muito respeitadas. Quero mostrar agora uma pessoa muito importante, que com certeza é o oráculo mais perfeito que viveu aqui na terra, ele se chama Jesus. Nunca existiu uma pessoa tão importante e especial como Jesus. Ele nunca pecou e só falou a verdade, foi reto e justo, e fez toda a diferença em sua época, razão pela qual Ele e suas Palavras foram e são muito respeitadas ainda hoje. Um dos exemplos era a quantidade significativa de pessoas que paravam para ouvi-lo falar, fato que vemos no evangelho de Mateus 14.19-21: “E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão. E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram dos pedaços, que sobejaram, doze alcofas cheias. E os que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças”.
E isso é tão atual, que a própria Palavra de Deus afirma que Deus fala hoje através de Jesus Cristo, o seu Filho, conforme está no livro de Hebreus 1.1: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”.
E isso é tão real na atualidade que contamos com cerca de 2,2 bilhões de cristãos no mundo. Fato que Deus não se calou e que usa seus servos para levar a mensagem salvadora a todas as pessoas em toda a face da terra.
É bom lembrar também que nas religiões antigas e contemporâneas existe a prática oracular. Quando olhamos para a história antiga, vemos que em vários Países havia esta prática, como por exemplo na Grécia. E uma das divindades que eles cultuavam era Zeus, considerado o rei dos deuses.
Existiam também mulheres, que eram sacerdotisas, que faziam seus rituais para receber suas supostas entidades e dar as respostas para o povo. Muitos usavam objetos, tais como cartas (tarô), moedas, búzios, etc...
Mas sabemos que existe um adversário chamado Satanás, que tenta imitar a Deus, e até ser igual a Deus, e ele é mentiroso e pai da mentira, e desde os primórdios ele tem enganado a muitos, e levado as pessoas a se distanciarem de Deus.
Mas vamos ter muito cuidado, pois os oráculos de Deus devem ser santos e devem vir de Deus, única fonte confiável e verdadeira.

Escrito por: Adriano José Ursulino Isidro 

http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx?pal=or%E1culo 
O Novo Comentário da Bíblia - Editado pelo Prof. F. Davidson, MA, DD

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

HISTÓRIA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL

Em 19 de novembro de 1910, os suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, batizados no Espírito Santo, chegaram a Belém do Pará, procedentes dos Estados Unidos da América.  Ao crer na doutrina pentecostal pregada pelos dois missionários, em 2 de junho de 1911,  na Rua Siqueira Mendes, 67, na cidade de Belém, Celina de Albuquerque, membro da Igreja Batista de Belém, enquanto orava, foi batizada no Espírito Santo.

O fato teve repercussão imediata na Igreja Batista. Havia aqueles que aceitavam o batismo no Espírito Santo e aqueles que eram contrários à nova doutrina. Em 13 de junho, numa terça-feira, foram excluídos 13 membros da igreja: José Plácido da Costa, que ocupara o cargo de moderador da igreja até aquela sessão; Manuel Maria Rodrigues, ex-secretário; José Batista de Carvalho, ex-tesoureiro; Antonio Mendes Garcia, todos estes diáconos; Lourenço Domingos; João Domingos; Maria dos Prazeres Costa; Maria Pinto de Carvalho; Alberta Ribeiro Garcia; Manuel Rodrigues Dias; Jerusa Rodrigues. O secretário da igreja depois de anotar esses nomes, deixou para o fim os nomes de Celina Cardoso de Albuquerque e Maria de Jesus Nazaré, que, ao mencioná-los, fez chamando-as de “as profetisas”, e os de Gunnar Vingren e Daniel Berg.

Sob a liderança dos missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg, os crentes batistas que aceitavam a doutrina pentecostal foram convocados a comparecer à casa onde se instalava a congregação batista na Cidade Velha, à Rua Siqueira Mendes nº1-A, residência da irmã Celina Albuquerque, para se reunir no dia 18 de junho de 1911, num domingo. Presentes estiveram onze irmãos excluídos no dia 13 daquele mês, da Igreja Batista, tendo faltado os irmãos Lourenço Domingos e Alberta Ribeiro Garcia. Compareceram, porém, três membros da igreja que não estavam excluídos, que foram Henrique Albuquerque, esposo de Celina; Maria Piedade da Costa, esposa de Plácido e Emília Dias. Além destes, foram arrolados mais quatro irmãos da referida congregação, cujos nomes são os seguintes: Joaquim Silva, Tereza Silva de Jesus, Izabel Silva e Benvinda Silva, todos de uma mesma família. Os três que ainda eram membros da Igreja Batista só foram excluídos no dia 12 de julho depois de que a mesma tomou conhecimento da posição assumida por eles. Quanto aos quatro congregados, não cabia a igreja discipliná-los porque não eram membros da igreja. Ao todo eram 18 pessoas para o início da Missão da Fé Apostólica, que mais tarde passou a se chamar Assembleia de Deus.

I – Começa a Missão da Fé Apostólica

A partir de 18 de junho de 1911, as igrejas pentecostais que iam sendo iniciadas no Pará, começando pela que se reunia na casa de Henrique e Celina Albuquerque, à Rua Siqueira Mendes 67, Cidade Velha, em Belém, passaram a ser chamadas pelo nome Missão da Fé Apóstolica.

Em 25 de outubro de 1914, chegaram a Belém do Pará os suecos Otto e Adina Nelson, procedentes dos Estados Unidos, para se juntarem a Vingren e Berg.

Em 8 de novembro de 1914, a igreja, que se reunia na Av. São Jerônimo, 224, seu segundo, endereço depois da casa de Celina Albuquerque (nesta casa se reuniram por mais ou menos três meses) se mudou para a Travessa 9 de janeiro, 75.

Em 18 de agosto de 1916, chegaram a Belém os suecos Samuel e Lina Nyström, os primeiros missionários oficialmente enviados pela Igreja Filadélfia de Estocolmo.

Em 3 de julho de 1917, Frida Vingren chegou a Belém, como missionária também enviada pela Igreja Filadélfia de Estocolmo.

II – Registrada a primeira “Assembleia de Deus”

Em 11 de janeiro de 1918, Gunnar Vingren registrou o Estatuto da Igreja no Cartório de Registro de Títulos e Documentos do 1º ofício, em Belém, no Livro A, Nº 2, de Registro Civil de Pessoas Jurídicas e outros papéis, número de ordem 131.448, sob o nome “Estatuto da Sociedade Evangélica Assembléa de Deus”, número de ordem 21.320, do Protocolo Nº 2.

Os extratos do Estatuto foram publicados no Diário Oficial do Estado do Pará, sob nº 766524.

Com esse registro, a igreja começou a existir legalmente como pessoa jurídica adequando-se aos Artigos 16 e 18 do primeiro Código Civil Brasileiro que acabara de entrar em vigor em 1º de janeiro de 1917.

III – Primórdios no Pará

Os primeiros lugares no Pará que receberam a mensagem pentecostal foram: Soure e Mosqueiro, na Ilha de Marajó (Daniel Berg, 1911); Bragança (Daniel Berg, 1912); Xarapucu e Catipuru (Daniel Berg, 1913); Estrada de Ferro Belém-Bragança, Igarapé-Assu, Benevides, Capanema, Timboteua, Peixe-Boi e Bragança (Clímaco Bueno Aza, 1913); Ilha Caviana (Daniel Berg, 1914); Afuá, Ilha de Marajó (Gunnar Vingren e Daniel Berg, 1914); São Luís do Pará (1915); Assaisal (Bonito) (Joaquim Amaro do Nascimento, Francisco Santos Carneiro e João Paraense, 1919); e vários outros lugares foram sendo visitados pelos primeiros missionários e crentes da AD de Belém.

IV – Primórdios fora do Pará

Os primeiros lugares fora do Pará que receberam a mensagem pentecostal foram: Uruburetama, CE (Maria de Nazaré, 1914); Maceió, AL (Gunnar Vingren, 1914; Otto Nelson, 1914); Campina Grande, PB (Manoel Francisco Dubu, 1914; Felipe Nery Fernandes, 1922); Roraima (Cordulino Teixeira Bastos, 1915); Manaus, AM (Severino Moreno de Araújo, 1917); Macapá, AP (Clímaco Bueno Aza, 1916); Recife (Adriano Nobre, 1916); Natal, RN (Pregadores de nomes desconhecidos e Adriano Nobre, 1918); João Pessoa, PB (Francisco Félix e esposa, 1920); Rio de Janeiro, RJ (Gunnar Vingren, 1920, 1923; alguns crentes do Pará, 1923); Santos, SP (Gunnar Vingren, 1920; crentes de Pernambuco,1923; Daniel Berg, 1924); Tubarão, SC (Gunnar Vingren, 1920); Criciúma, SC (Gunnar Vingren, 1920); Itajaí, SC (Gunnar Vingren, 1920); São Paulo, SP (Gunnar Vingren, 1920, 1923; Daniel Berg, 1927); São Bernardo, SP (Gunnar Vingren, 1920); São Luís, MA (Clímaco Bueno Aza, 1921); Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, noroeste de Mato Grosso (Paul John Aenis, 1922; Elói Bispo de Sena, 1923); Porto Velho (RO) (Paul John  Aenis, 1922); Vitória, ES (Galdino Sobrinho e esposa, Daniel Berg, 1922); Fortaleza, CE (Antonio Rêgo Barros, 1922); Niterói, RJ (Heráclito de Menezes, 1923); Porto Alegre, RS (Gustav Nordlund, 1924);  Canavieiras, BA (Joaquina de Souza Carvalho, 1926); Belo Horizonte, MG (Clímaco Bueno Aza, 1927); Aracaju, SE (Sargento Ormínio, 1927); Teresina, PI (Raimundo Prudente de Almeida, 1927) e Curitiba, PR (Bruno Skolimowski, 1928); Itajaí, SC (André Bernardino da Silva, 1931); Cruzeiro do Sul, AC (Manoel Pirabas, 1932); Goiânia, GO (Um grupo de crentes da AD de Madureira, RJ, deu início à AD de Goiânia em 1936 e Antônio Moreira, então diácono da AD de Madureira, foi enviado por Paulo Leivas Macalão para fundar a igreja.); Cuiabá, MT (Eduardo Pablo Joerck, 1936); Rio Branco, AC (Luís Firmino Câmara, 1943); e Campo Grande, MS (Juvenal Roque de Andrade, 1944).

V – Começa a imprensa pentecostal


As primeiras publicações da AD, que antecederam o jornal Mensageiro da Paz, foram o jornal “Voz da Verdade” (1917 a 1918), por Almeida Sobrinho e João Trigueiro da Silva; o jornal “Boa Semente” (1919 a 1930), por Gunnar Vingren e Samuel Nyström; e o jornal “O Som Alegre” (1929 a 1930), por Gunnar Vingren.

VI – Primeiros hinários

Também em 1917, a AD de Belém (PA) imprimiu o seu primeiro hinário que ficou pronto no dia 6 de outubro e continha 194 hinos e cânticos. Em 1922, era publicada no Recife a primeira edição da Harpa Cristã, que passou a ser o hinário oficial das Assembléias de Deus.

Fonte: Mensageiro da Paz


                     Igreja Assembleia de Deus - Bairro Palma em Santa Maria-RS

Fonte: http://www.cpad.com.br/assembleia/historia.php
Foto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_de_Deus